quarta-feira, 17 de outubro de 2012



Cleber Rabelo e Amanda Gurgel são eleitos vereadores


Além de Natal e Belém, o PSTU nessas eleições contou também com votações expressivas em outros estados


Montagem com Cleber Rabelo e Amanda Gurgel

• Nesse dia 7 de outubro, os trabalhadores, os movimentos sociais e a luta pelo socialismo conquistaram dois importantes pontos de apoio no parlamento. Amanda Gurgel em Natal e Cleber Rabelo em Belém, foram eleitos vereadores pelo PSTU, em duas expressivas votações.

Amanda Gurgel, a professora que se tornou conhecida após o vídeo em que denuncia o caso da educação se tornar febre na Internet, foi a vereadora mais votada da história da capital potiguar, com mais de 32.600 votos, quase 9% dos votos válidos. Algo como 24 mil votos à frente do segundo colocado. Para se ter ideia, o vereador mais votado da cidade havia tido 14 mil votos. A votação de Amanda garante mais duas cadeiras à Frente Ampla de Esquerda (PSOL e PSTU).

"Tenho orgulho de ser do PSTU, professora e mulher"
Emocionada, Amanda Gurgel agradeceu os votos, reforçando porém que, mais importante que um mandato, deverá ser a mobilização e a luta. "Todos os companheiros aqui, do mais antigos aos mais novos, sabem que o nosso lugar é a luta, sempre fizemos questão de deixar isso claro, nunca dissemos 'votem em Amanda Gurgel que vai calçar sua rua', cada uma das 33 mil pessoas que votaram em nós tem o dever de construir esse mandato".

Sobre a vitória histórica, Amanda reconheceu que suas características pessoais foram importantes, mas afirmou que "não seria possível se o meu partido não fosse um partido socialista, um partido revolucionário".A vereadora eleita com mais votos na história de Natal deu um relato emocionante sobre sua experiência com o PSTU. "Eu vi na primeira greve que participei quem era que construía a luta, quem estava com os trabalhadores, quem carregava a bandeira, e esse partido era o PSTU".

No discurso que realizou à militância e aos apoiadores da candidatura, Amanda reafirmou, arrancando lágrimas dos presentes e das pessoas que acompanhavam a comemoração via Internet em todo o país:"Eu tenho muito orgulho de ser do PSTU, de ser professora, de ser mulher e tenho muito orgulho de dizer: essa é uma vitória de todas nós".

Dá lhe peão. Cleber Rabelo Vereador!
A eleição do primeiro operário da construção civil eleito para a Câmara de Vereadores de Belém emocionou muita gente nesta noite de domingo.

Com 4.691, Cleber Rabelo, operário da construção, foi o terceiro mais votado na coligação PSOL/PSTU. O operário chegou à sede do PSTU de Belém carregado por centenas de peões, militantes do partido e ativistas da campanha.“A festa foi tamanha que o pessoal fechou a rua Almirante Barroso, rua da sede do PSTU e uma das principais vias da cidade”, disse Willian Mota, da direção do partido.

Ao portal do PSTU, Cleber agradeceu a eleição a aqueles que dedicaram parte de suas vidas a uma campanha financiada pela classe trabalhadora e não pelos patrões. “Eu agradeço aos trabalhadores que votaram em mim. Essa não é uma vitória minha, mas de todos os trabalhadores de Belém, sobretudo, dos operários da Construção Civil. Esse mandato será um ponto de apoio para as lutas dos trabalhadores não só de Belém, mas de todo o Brasil”, disse emocionado.

Cleber também ressalta que seu mandato será construído com independência política e financeira dos patrões. “Meu mandato não vai ser de gabinete. Nosso gabinete será o canteiro de obras, os bairros onde os trabalhadores de Belém moram”.

O vereador-peão também garantiu que em seu mandato não haverá privilégio e disse qual será sua primeira medida na Câmara Municipal. “O primeiro projeto que nós vamos apresentar na Câmara será justamente para reduzir os salários e acabar com as mordomias dos políticos, vamos levar também um projeto de auditoria das contas da Prefeituras”, explica. E ainda completou: “Esse é um passo importante para a luta do povo trabalhador, mas também é uma oportunidade para mostrar como de fato se constrói um mandato socialista”

A vitória está sendo comemorada não só nas duas capitais, mas em todo o país. Foram duas campanhas militantes, sem o dinheiro de empresas ou empreiteiras, sem cabos eleitorais pagos e sem rebaixar um programa socialista para construir uma cidade para os trabalhadores.

Vitórias expressivas
Além de Natal e Belém, o PSTU nessas eleições contou também com votações expressivas em outros estados, como é o caso de Vera Lúcia em Aracaju (SE), com 6,68% dos votos válidos, ou 20.241 votos, à frente dos candidatos do PV e do PPS.

Já em Belo Horizonte, Vanessa Portugal fechou a votação em quarto lugar, com 1,5%, quase 20 mil votos. Resultado expressivo se levarmos em conta a enorme pressão pelo chamado "voto útil" no candidato do PT, e principalmente no fato de que Vanessa foi boicotada de todos os debates na TV. Durante a campanha, a candidata chegou a ter 3% nas pesquisas.

No interior de São Paulo, a candidata do PSTU à prefeitura de Campinas, Silvia Ferraro, angariou 2,16% dos votos válidos, ou 10.915. Toninho, candidato a vereador em São José dos Campos, terminou as eleições como um dos mais votados na cidade. Enquanto fechávamos esse texto, 94% dos votos já haviam sido apurados e Toninho estava em sétimo lugar, só não sendo eleito devido ao coeficiente eleitoral. Já o candidato de Macapá, Genival Cruz, contou com 3,16% (6451 votos).

domingo, 23 de setembro de 2012




Dayse Oliveira apresenta as suas propostas, que incluem reivindicação salarial do funcionalismo municipal, mais verbas para educação, e a redução da tarifa e a estatização dos transportes

A candidata à Prefeitura de São Gonçalo pelo PSTU, Dayse Oliveira, apresentou suas principais propostas de governo durante entrevista multimídia no Grupo Fluminense, nesta terça-feira. Ela respondeu todas as três perguntas previamente formuladas.
A candidata, que se diz “filha” do movimento social, está há 27 anos inserida nas lutas populares, desde quando ainda era estudante. A seu ver, o maior desafio que São Gonçalo enfrenta hoje são relativos à saúde, educação e transporte e que sua preocupação maior é com a qualidade de vida dos trabalhadores do município.
Para solucionar os problemas, ela quer garantir a reivindicação salarial do funcionalismo municipal, que é de três salários mínimos e meio pra funcionário e cinco para professor. Outra ideia defendida por Dayse é a eleição para diretores de escolas e mais verbas. “Defendo 10% do PIB para a educação”, disse. No transporte público, ela defende a redução da tarifa e a estatização dos transportes.
“Eu quero uma cidade para os trabalhadores que estão insatisfeitos com o cenário em que se encontra a cidade. Levanto as bandeiras contra a discriminação, sejam elas em todas as vertentes – sexual ou racial e sou a única candidata mulher e negra”, declarou a candidata sobre por que merece os votos dos gonçalenses.
Esta foi a última entrevista da série promovida pelo Grupo Fluminense com os “prefeitáveis” do município de São Gonçalo. As entrevistas foram transmitidas pela TV O FLU (canal 12 da operadora SIM) e pela Rádio Fluminense 540 AM e foram conduzidas pelo jornalista e colunista político Paulo Márcio Vaz e pelo radialista Flávio de Oliveira, sendo publicadas também em O FLUMINENSE. Os candidatos tiveram até três minutos para responder a cada uma das perguntas, que foram iguais para todos. A partir da próxima semana, tem início a série de entrevistas com os candidatos a prefeito de  Niterói.

fonte: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/politica/reducao-na-tarifa-dos-onibus#.UFpSKLL17t8.facebook

sábado, 15 de setembro de 2012


‘Quero governar a cidade junto com a população’ - Entrevista de Dayse Oliveira para Jornal o São Gonçalo

Oriunda do movimento social, a candidata à Prefeitura de São Gonçalo, Dayse Oliveira (PSTU), tenta pela segunda vez se eleger (a primeira delas foi em 2004). A igualdade dos direitos para todos os cidadãos é uma de suas bandeiras de campanha. Dayse diz que pretende fazer um governo com participação ativa dos trabalhadores. “Vamos apoiar todasas lutas dos trabalhadores. Para o PSTU, esse é o principal objetivo”, afirma. Professora e fundadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Dayse quer maior atenção para a educação, sobretudo a profissionalizante, para formação de mão de obra qualificada para o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).

O SÃO GONÇALO - O que motivou a senhora a se candidatar à Prefeitura de São Gonçalo?
DAYSE OLIVEIRA - Eu quero dar uma oportunidade aos movimentos sociais, negros e feministas. Para que os profissionais de educação tenham voz, para que os metalúrgicos tenham voz, para que os trabalhadores do Comperj sejam ouvidos. E eu já estou fazendo isso, como por exemplo, nessa entrevista, nos debates, nas panfletagens, nas mobilizações. O fato de, hoje, nós termos o menor salário dos profissionais de educação em todos os municípios do estado, onde os professores ganham menos de R$ 700 por mês, também me motivou a entrar nessa disputa. A educação é o futuro da cidade. Uma cidade sem educação é uma cidade sem futuro.
OSG - Qual a sua expectativa para a disputa eleitoral deste ano?
DAYSE - Bem, eu gostei muito da minha última candidatura à Prefeitura, em 2004, quando recebi cerca de cinco mil votos. Nós planejamos avançar um pouco mais nessa eleição, uma vez que estamos fazendo uma campanha humilde, financiada por profissionais de educação, por trabalhadores da nossa sociedade, operários. E eu estou bastante feliz, acredito na possibilidade de conseguir ser mais votada nesse ano.
OSG - O que a senhora acha do desnível nos investimentos econômicos das campanhas entre os prefeitáveis?
DAYSE - Eu acho que isso reflete a desigualdade da sociedade atual capitalista em que vivemos. É uma sociedade racista, machista e homofóbica. Então, essa desigualdade não seria diferente no processo das eleições. Nosso orçamento para a campanha à Prefeitura de São Gonçalo gira em torno de R$ 5 mil, enquanto o de outros candidatos chega a casa dos milhões. As candidaturas são financiadas pelos grandes empresários. Só vai haver um nivelamento quando nós vivermos em uma sociedade igualitária.
OSG - Que projetos a senhora têm para o município, caso seja eleita em outubro?
DAYSE - Apoiar todas as lutas dos trabalhadores, para o nosso partido, o PSTU, isso é o principal. Valorização e respeito aos profissionais da educação, bem como, valorização e respeito aos profissionais da saúde. Criação de conselhos populares para podermos discutir os problemas da cidade e valorizar as associações de moradores, que são sérias, mas que hoje não tem o caráter participativo com as regiões que poderia ter. Quero uma forma de governar a cidade junto com a população. Discutir a questão da violência contra as mulheres, o racismo e a violência contra os homossexuais, para tentar acabar com o preconceito e construir uma cidade para os trabalhadores e setores oprimidos.
OSG - Qual deve ser a prioridade de investimentos?
DAYSE - Devemos investir na valorização do profissional nos setores em geral. Principalmente na educação, saúde e cultura. Temos que construir teatros públicos. Fazer o oposto do que tem sido feito. Não é prioridade da prefeitura investir nos profissionais. O dinheiro está sendo usado sim na remontagem de praças e recapeamento de ruas. Hoje, nós temos passagens de ônibus que são caras para a população de São Gonçalo. Nós, dentro do governo, temos que rever essa questão e nós queremos reverter esse quadro.
OSG - O que a senhora acha que a diferencia dos outros candidatos para que receba os votos dos eleitores?
DAYSE - Eu sou a única candidata mulher e negra, isso já é uma grande diferença. As mulheres negras, em sua grande maioria, estão em serviços domésticos e precários, essa é uma realidade que queremos reverter. É uma candidatura de alguém que atua no movimento social, que está presente nas lutas pelos movimentos trabalhistas. Minha história é uma história de luta, eu tenho uma militância partidária, mas também tenho uma militância social. Sempre trabalhei em prol dos oprimidos, das mulheres, dos negros e dos homossexuais na luta pela igualdade social. Tudo isso me diferencia bastante de todos outros prefeitáveis da cidade de São Gonçalo.
OSG - Por que o PSTU decidiu lançar candidatura independente, sem nenhuma coligação?
DAYSE - Nós procuramos o PSol, no ano passado, para discutir uma candidatura conjunta, mas essa reunião foi desmarcada e eles não nos procuraram para podermos sentar e discutir essa questão. Após isso, eles lançaram o candidato deles antes de nos contatar, sem discutir conosco. Então eles já tinham um candidato do PSol confirmado para prefeito e um vice-prefeito do PCB. Nós, do PSTU, conversamos e chegamos à conclusão de que, caso houvesse uma aliança, nossa independência política seria comprometida. Por isso, não nos restou outra saída além de lançar uma candidatura à parte, sem nenhum partido em coligação.
Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADtica/2012/7/25/42726/%E2%80%98quero+governar+a+cidade+junto+com+a+popula%C3%A7%C3%A3o%E2%80%99

Prefeitáveis debatem em São Gonçalo - Dayse Oliveira: Defendendo uma cidade para os Trabalhadores!



Os sete candidatos a prefeito de São Gonçalo voltaram a se encontrar ontem para debate realizado pela 1ª Igreja Batista de São Gonçalo, no Centro da cidade. Mediado pelo pastor Antônio Carlos da Costa, os prefeitáveis apresentaram suas propostas para diversas áreas, como saúde, educação, transporte, cultura, entre outras.

Primeiro candidato a usar a palavra no debate, Mauro Sérgio (PHS) afirmou que pretende modernizar e interligar toda a rede de saúde pública criando o prontuário online.

“Temos pacientes crônicos que são restritos de alguma medicação, e o prontuário hoje não consegue indicar. Vou interligar a rede, criando o prontuário virtual para cada posto ter acesso às informações médicas de cada paciente, com marcação de consulta por telefone, acabando com as filas”, afirmou.

Já a candidata do PMDB, Graça Matos, afirmou que em seu governo vai humanizar o atendimento do cidadão.

“Vamos priorizar a atenção básica, fazendo os postos de sáude e os PSFs funcionarem de verdade, fazendo o primeiro atendimento. Não vamos ficar fazendo apenas política de construir sem ter médicos”, disse.

Josemar Carvalho (PSOL) criticou a aplicação dos recursos da saúde na cidade. “São Gonçalo repassa apenas R$0,57 para a saúde por cidadão, mostrando que não é prioridade do governo. É necessário ter equipamentos e profissionais valorizados com remédios para o cidadão”, disse.
Na área da educação, Dayse Oliveira (PSTU) afirmou que, se eleita em outubro, vai atender a reivindicação da categoria.

“Sou professora e vou atender a reivindicação histórica de cinco salários mínimos para o professores e 3,5 salários para os funcionários de apoio”, garantiu.

Adolfo Konder (PDT) lembrou das ações do governo na pasta e afirmou que vai priorizar o ensino integral na cidade.

“Temos um quadro de 48 mil alunos na rede pública com uma renda per capita muito baixa. Conseguimos construir escolas mesmo com dificuldades e no meu governo vamos priorizar escolas em tempo integral”, declarou.

Neilton Mulim (PR), que foi professor da rede pública, afirmou que o profissional precisa de valorização. “O salário do profissional não permite que ele possa se reciclar. Quero valorizar o profissional e fazer da escola um local de lazer para as famílias aos fins de semana com atividades para crianças”, disse.

Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADtica/2012/9/14/44545/prefeit%C3%A1veis+debatem+em+s%C3%A3o+gon%C3%A7alo+
VENHA PARTICIPAR!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

DEU NA IMPRENSA

Debate OAB-São Gonçalo: Prefeitáveis preferiram expor planos e evitar confrontos

Os sete candidatos a prefeito de São Gonçalo – Adolpho Konder (PDT), Alice Tamborindeguy (PP), Dayse Oliveira (PSTU), Graça Matos (PMDB), Josemar Carvalho (P-Sol), Mauro Sérgio Barros (PHS) e Neilton Mulim (PR) apresentaram propostas em debate realizado ontem à noite no auditório da OAB local. O salão teve platéia de mais de 100 pessoas e o evento foi assistido ainda através de um telão instalado na entrada do prédio por dezenas de militantes dos prefeitáveis.
O debate foi dividido em quatro blocos, em que os candidatos responderam a perguntas escritas por representantes da OAB, de movimentos sociais, imprensa e enviadas por e-mail e no final debateram entre si.
Josemar prometeu implantar o orçamento participativo e criar conselhos populares para decidir execução de políticas públicas; implantar o Bilhete Único Municipal e baratear o preço das passagens de ônibus e apoiar taxistas e mototaxistas.”Temos que governar com participação popular”, defendeu o psolista.
Neilton prometeu priorizar a educação básica e fazer um governo mais humano. Também anunciou que regulamentaria o transporte alternativo. “Muitas pessoas andam muito para pegar o ônibus. O transporte alternativo vai até o ônibus não passa”, explicou.
Dayse defendeu uma gestão para os trabalhadores. Prometeu melhorar os salários e condições de trabalho dos servidores públicos e informatizar toda a Prefeitura. Mauro Sérgio disse que se eleito diminuiria as filas nos postos de saúde implantando marcação de consultas por telefone. Também prometeu melhorar os salários do funcionalismo.
Alice disse que São Gonçalo deve acompanhar o Rio em tudo e que a cidade também precisa de UPPs. Prometeu aumentar o efetivo da Guarda Municipal.
Graça prometeu gestão transparente e priorizar a saúde pública. Outra proposta foi fazer novo Plano Diretor.
Adolpho defendeu as realizações do Governo Aparecida Panisset e prometeu fortalecer parcerias om os governos estadual e federal para mais investimentos no município.
Mesmo com críticas de alguns candidatos aos concorrentes, o debate transcorreu em ordem e não houve manifestações contrárias a nenhum deles.


Texto e foto: Anderson carvalo
Fonte: Site do A tribuna

Governo Dilma quer desengavetar lei antigreve no setor público

Justo quando a maior greve do funcionalismo público federal dos últimos dez anos chega a seus momentos decisivos, o governo sinaliza sua intenção de desencavar o projeto de lei para "disciplinar" as paralisações no setor. De acordo com o jornal Valor Econômico, a presidente Dilma estaria disposta a retomar a lei que Lula tentou aprovar em sua gestão, que impõe uma série de regras e restrições para a deflagração de greves no setor público.

Seria o desfecho de uma série de medidas truculentas tomadas pelo governo Dilma desde o início da greve, iniciada pelos docentes das universidades federais em 17 de maio. Ações que incluíram o corte dos salários e um decreto que permite convênios com estados e municípios para a substituição dos funcionários parados.

No entanto, no que deve ter sido uma grande frustração para o governo Federal, tais medidas não surtiram efeito, só aumentando a radicalização e indignação da categoria, fazendo o movimento até crescer após terem sido implementadas. Nos dois últimos meses, os servidores federais impuseram uma forte e radicalizada greve, que fez o governo recuar de sua intransigência inicial em não conceder qualquer reajuste. Dilma, embora ainda goze de alta popularidade, sai desgastada entre amplos setores do funcionalismo e parte da população.

Proibição da greve
A lei que o então governo Lula tentou aprovar em 2007 e que Dilma quer agora desengavetar estabelece uma série de pré-requisitos para a deflagração de greve, que praticamente torna proibida a paralisação no setor público.

Entre eles está a obrigatoriedade da aprovação de greve por pelo menos dois terços de todos os trabalhadores de determinada categoria, além da proibição da paralisação nos chamados "serviços essenciais" (como se todo o serviço público não o fosse). Nessa lista estão incluídos a distribuição de energia elétrica e gás, abastecimento de água, telecomunicações, inspeções agropecuárias, arrecadação, controle de fronteiras e a inspeção de indústrias e comércio, onde o limite de servidores parados não poderá ultrapassar os 20%.

Para fazer greve, os servidores deverão ainda, por essa lei, manter funcionando pelo menos 50% de todo o efetivo. Além disso, ficaria estabelecido desde já o corte no ponto, além da substituição dos grevistas. Ou seja, além de improvável, uma greve não teria qualquer impacto.

Preparação para a crise
O que o governo e grande parte da imprensa que demoniza o funcionalismo público não lembram é que não existe negociação coletiva ou data-base no setor público. Assim, os servidores em geral não deflagram greve quando alguma negociação chega a um impasse, como ocorre no setor privado, mas são obrigados a cruzarem os braços para que o governo abra negociação, como ocorreu com a atual greve. Ou seja, tenta-se penalizar os trabalhadores por lutarem contra o arrocho, mas não o governo que se negam sistematicamente a negociarem sem que haja pressão.

A lei que o governo Dilma planeja retomar seria um duro retrocesso à Constituição de 1988, que estabeleceu o direito de greve no funcionalismo, além de um ataque antidemocrático a um dos setores mais combativos contra o desmonte do Estado que ocorre desde o governo Collor.

Mais que uma mera vingança de Dilma contra os servidores públicos que ousaram desafiar o governo em 2012, a lei antigreve prepara o setor público para o acirramento da crise econômica internacional, minando qualquer resistência para futuros planos de arrocho, cortes fiscais e desmantelamento dos serviços públicos.

sábado, 25 de agosto de 2012




(Clique aqui e veja mais)


 

DANILO GOMES, DE SÃO GONÇALO (RJ)

 

  
Vereadores caras-de-pau aumentam salários em 100% para 2013

Ainda estamos em junho e parece que Papai Noel já passou em São Gonçalo e deixou de presente, com o voto dos vereadores, um aumento salarial para os próximos que se elegerem nestas eleições municipais.

Parece brincadeira, mas não é. De um lado, os trabalhadores precisam levantar cedo para pegar ônibus lotado e ir trabalhar, enfrentam uma jornada de trabalho de 48 horas semanais sem opção de descansar nos feriados (pois precisam fazer hora extra pra melhorar um pouco o salário), ganham salários que não “dura” dez dias no mês de tantas contas e impostos pagos e trabalham em péssimas condições. Já os vereadores de São Gonçalo recebem um bom salário, ganham auxílio do governo municipal para viajar, não pegam ônibus lotado e suas condições de trabalho não são ruins. Na realidade, poderíamos dizer que o trabalhador é como um jogador de futebol de um time da terceira divisão do Brasil, enquanto o vereador é um jogador do Real Madri (clube da primeira divisão da Espanha).
Mesmo com seus gordos salários, os vereadores de São Gonçalo foram além. Tiveram a cara de pau de aprovar um aumento de nada mais nada menos que 100% em seus salários. A medida foi publicada no Diário Oficial da cidade no dia 30 de junho. Ou seja, a partir do dia 1º de janeiro de 2013, os vereadores passarão a receber um valor de R$ 15 mil, pagos com o dinheiro de impostos dos trabalhadores e do povo pobre.
Enquanto os vereadores aumentam os seus próprios salários, São Gonçalo segue abandonada. No Jardim Catarina, maior bairro da cidade e da América Latina, uma moradora sofreu lesão no tornozelo e seu pé foi imobilizado. O motivo? Um bueiro mal tampado, após obra da prefeitura que durou 3 meses.


São Gonçalo para os trabalhadores


O PSTU é contra o aumento dos vereadores e defende a revogação imediata deste abuso. “O que acontece com a administração do dinheiro público em São Gonçalo é uma vergonha. Os recursos públicos devem ser investidos para o benefício dos trabalhadores e da população pobre. A Câmara Municipal não é pra editar medidas e leis para os que já são privilegiados por serem os mais ricos e poderosos. É necessário governar a cidade para os trabalhadores. O aumento no salário dos vereadores não muda ou melhora em nada a vida dos trabalhadores e do povo pobre” , afirmou Edson Pimentel , candidato a vereador pelo PSTU na cidade.
O PSTU usará suas candidaturas para mobilizar os trabalhadores, o povo pobre e a juventude na luta contra abusos como o do aumento dos salários dos vereadores e os demais problemas que afetam a classe trabalhadora em seu dia a dia. É por isso que o PSTU São Gonçalo entra nas eleições com a candidatura de Dayse Oliveira a prefeitura e Edson Pimentel a vereador. Estas candidaturas estão à disposição de todo e qualquer foco de luta dos trabalhadores.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Todo apoio a greve dos metalúrgicos de Niterói e Itaboraí


O PSTU São Gonçalo e Niterói vem através dos seus militantes demonstram total apoio e solidariedade a greve dos metalúrgicos de Niterói e Itaboraí. Estaremos todos empenhados com que a luta destes trabalhores seja vitoriosa e forte!

O patrão é um egoísta! Não divide de forma nenhuma seus lucros, ficam com todo o lucro.
Vivem dizendo que estão em crise, mas a realidade é outra, estão lucrando como nunca e é por isso que podem conceder os 16% que os trabalhadores estão exigindo.

Mesmo que digam que estão em crise e etc, a realidade dos estaleiros é outra, a cada dia estamos trabalhando mais e mais, produzimos como nunca. Somam-se as dificuldades de trabalhar com segurança, tanto devido ao aumento de trabalho quanto a irresponsabilidade do patrão com nossa saúde no dia a dia. Recentemente um trabalhador morreu no estaleiro, muitos estão sendo mutilados e os patrões sequer dão os equipamentos de segurança adequados e pior compram sempre os das marcas mais baratas, pois, não são eles que vão usar né?

Os trabalhadores corretamente tomaram o caminho da luta e com certeza essa é a melhor forma de conquistar suas reivindicações na medida em que os patrões tapam os ouvidos. O patrão só nos ouve quando paramos a máquina, aí ele abre os ouvidos na hora!

O sindicato depois de muito tempo negociando sem mobilização, agora não quer negociar prejudicando o trabalhador. A hora é agora! Agora é hora da negociação, pois os trabalhadores estão em greve e dessa forma poderão impor suas reivindicações. E que esta mobilização continue até que ganhemos tudo o que queremos!

No memento em que os trabalhadores vão a luta o sindicato infiltra provadores para destruir nossa organização. Essa provocação levou a prisão de um trabalhador injustamente. E mais uma vez a categoria mostrou sua força e foi para delegacia libertá-lo. Não vamos cair nessa, vamos seguir nossa luta rumo a vitória. Se mais algum provocador aparecer querendo briga para chamar a polícia e tumultuar nossa luta vamos ignorá-lo. É nestas horas que mostranos que o trabalhador unido é forte e com ele ninguém pode.

A greve está forte e os trabalhadores não confiam no sindicato por isso elegeram uma comissão que os representa nas negociações e o sindicato e a patronal deve acatar essa decisão.

 Nós do PSTU queremos reafirmar o total apoio a GREVE!

TODO APOIO A GREVE DOS METALÚRGICOS DE NITERÓI E ITABORAÍ

QUE A COMISSÃO DE BASE ELEITA EM ASSEMBLÉIA A REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES NAS NEGOCIAÇÕES.  
                    
           16% DE AUMENTO JÁ!
          
           NENHUM DIA DESCONTADO DA GREVE!
         
          VIVA À LUTA DOS TRABALHADORES!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quem é o Partido?

Quem é o partido?
Bertold Brecht

“Mas quem é
o partido?
Ele fica sentado
em uma casa com
telefones?
Seus pensamentos
São secretos,
Suas decisões
Desconhecidas?
Quem é ele?

Nós somos ele.
Você, eu, vocês –
Nós todos.
Ele veste sua roupa,
Camarada, e pensa
Com sua cabeça.
Onde moro é a casa
Dele, e quando você é
Atacado ele luta.”