domingo, 23 de setembro de 2012




Dayse Oliveira apresenta as suas propostas, que incluem reivindicação salarial do funcionalismo municipal, mais verbas para educação, e a redução da tarifa e a estatização dos transportes

A candidata à Prefeitura de São Gonçalo pelo PSTU, Dayse Oliveira, apresentou suas principais propostas de governo durante entrevista multimídia no Grupo Fluminense, nesta terça-feira. Ela respondeu todas as três perguntas previamente formuladas.
A candidata, que se diz “filha” do movimento social, está há 27 anos inserida nas lutas populares, desde quando ainda era estudante. A seu ver, o maior desafio que São Gonçalo enfrenta hoje são relativos à saúde, educação e transporte e que sua preocupação maior é com a qualidade de vida dos trabalhadores do município.
Para solucionar os problemas, ela quer garantir a reivindicação salarial do funcionalismo municipal, que é de três salários mínimos e meio pra funcionário e cinco para professor. Outra ideia defendida por Dayse é a eleição para diretores de escolas e mais verbas. “Defendo 10% do PIB para a educação”, disse. No transporte público, ela defende a redução da tarifa e a estatização dos transportes.
“Eu quero uma cidade para os trabalhadores que estão insatisfeitos com o cenário em que se encontra a cidade. Levanto as bandeiras contra a discriminação, sejam elas em todas as vertentes – sexual ou racial e sou a única candidata mulher e negra”, declarou a candidata sobre por que merece os votos dos gonçalenses.
Esta foi a última entrevista da série promovida pelo Grupo Fluminense com os “prefeitáveis” do município de São Gonçalo. As entrevistas foram transmitidas pela TV O FLU (canal 12 da operadora SIM) e pela Rádio Fluminense 540 AM e foram conduzidas pelo jornalista e colunista político Paulo Márcio Vaz e pelo radialista Flávio de Oliveira, sendo publicadas também em O FLUMINENSE. Os candidatos tiveram até três minutos para responder a cada uma das perguntas, que foram iguais para todos. A partir da próxima semana, tem início a série de entrevistas com os candidatos a prefeito de  Niterói.

fonte: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/politica/reducao-na-tarifa-dos-onibus#.UFpSKLL17t8.facebook

sábado, 15 de setembro de 2012


‘Quero governar a cidade junto com a população’ - Entrevista de Dayse Oliveira para Jornal o São Gonçalo

Oriunda do movimento social, a candidata à Prefeitura de São Gonçalo, Dayse Oliveira (PSTU), tenta pela segunda vez se eleger (a primeira delas foi em 2004). A igualdade dos direitos para todos os cidadãos é uma de suas bandeiras de campanha. Dayse diz que pretende fazer um governo com participação ativa dos trabalhadores. “Vamos apoiar todasas lutas dos trabalhadores. Para o PSTU, esse é o principal objetivo”, afirma. Professora e fundadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Dayse quer maior atenção para a educação, sobretudo a profissionalizante, para formação de mão de obra qualificada para o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).

O SÃO GONÇALO - O que motivou a senhora a se candidatar à Prefeitura de São Gonçalo?
DAYSE OLIVEIRA - Eu quero dar uma oportunidade aos movimentos sociais, negros e feministas. Para que os profissionais de educação tenham voz, para que os metalúrgicos tenham voz, para que os trabalhadores do Comperj sejam ouvidos. E eu já estou fazendo isso, como por exemplo, nessa entrevista, nos debates, nas panfletagens, nas mobilizações. O fato de, hoje, nós termos o menor salário dos profissionais de educação em todos os municípios do estado, onde os professores ganham menos de R$ 700 por mês, também me motivou a entrar nessa disputa. A educação é o futuro da cidade. Uma cidade sem educação é uma cidade sem futuro.
OSG - Qual a sua expectativa para a disputa eleitoral deste ano?
DAYSE - Bem, eu gostei muito da minha última candidatura à Prefeitura, em 2004, quando recebi cerca de cinco mil votos. Nós planejamos avançar um pouco mais nessa eleição, uma vez que estamos fazendo uma campanha humilde, financiada por profissionais de educação, por trabalhadores da nossa sociedade, operários. E eu estou bastante feliz, acredito na possibilidade de conseguir ser mais votada nesse ano.
OSG - O que a senhora acha do desnível nos investimentos econômicos das campanhas entre os prefeitáveis?
DAYSE - Eu acho que isso reflete a desigualdade da sociedade atual capitalista em que vivemos. É uma sociedade racista, machista e homofóbica. Então, essa desigualdade não seria diferente no processo das eleições. Nosso orçamento para a campanha à Prefeitura de São Gonçalo gira em torno de R$ 5 mil, enquanto o de outros candidatos chega a casa dos milhões. As candidaturas são financiadas pelos grandes empresários. Só vai haver um nivelamento quando nós vivermos em uma sociedade igualitária.
OSG - Que projetos a senhora têm para o município, caso seja eleita em outubro?
DAYSE - Apoiar todas as lutas dos trabalhadores, para o nosso partido, o PSTU, isso é o principal. Valorização e respeito aos profissionais da educação, bem como, valorização e respeito aos profissionais da saúde. Criação de conselhos populares para podermos discutir os problemas da cidade e valorizar as associações de moradores, que são sérias, mas que hoje não tem o caráter participativo com as regiões que poderia ter. Quero uma forma de governar a cidade junto com a população. Discutir a questão da violência contra as mulheres, o racismo e a violência contra os homossexuais, para tentar acabar com o preconceito e construir uma cidade para os trabalhadores e setores oprimidos.
OSG - Qual deve ser a prioridade de investimentos?
DAYSE - Devemos investir na valorização do profissional nos setores em geral. Principalmente na educação, saúde e cultura. Temos que construir teatros públicos. Fazer o oposto do que tem sido feito. Não é prioridade da prefeitura investir nos profissionais. O dinheiro está sendo usado sim na remontagem de praças e recapeamento de ruas. Hoje, nós temos passagens de ônibus que são caras para a população de São Gonçalo. Nós, dentro do governo, temos que rever essa questão e nós queremos reverter esse quadro.
OSG - O que a senhora acha que a diferencia dos outros candidatos para que receba os votos dos eleitores?
DAYSE - Eu sou a única candidata mulher e negra, isso já é uma grande diferença. As mulheres negras, em sua grande maioria, estão em serviços domésticos e precários, essa é uma realidade que queremos reverter. É uma candidatura de alguém que atua no movimento social, que está presente nas lutas pelos movimentos trabalhistas. Minha história é uma história de luta, eu tenho uma militância partidária, mas também tenho uma militância social. Sempre trabalhei em prol dos oprimidos, das mulheres, dos negros e dos homossexuais na luta pela igualdade social. Tudo isso me diferencia bastante de todos outros prefeitáveis da cidade de São Gonçalo.
OSG - Por que o PSTU decidiu lançar candidatura independente, sem nenhuma coligação?
DAYSE - Nós procuramos o PSol, no ano passado, para discutir uma candidatura conjunta, mas essa reunião foi desmarcada e eles não nos procuraram para podermos sentar e discutir essa questão. Após isso, eles lançaram o candidato deles antes de nos contatar, sem discutir conosco. Então eles já tinham um candidato do PSol confirmado para prefeito e um vice-prefeito do PCB. Nós, do PSTU, conversamos e chegamos à conclusão de que, caso houvesse uma aliança, nossa independência política seria comprometida. Por isso, não nos restou outra saída além de lançar uma candidatura à parte, sem nenhum partido em coligação.
Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADtica/2012/7/25/42726/%E2%80%98quero+governar+a+cidade+junto+com+a+popula%C3%A7%C3%A3o%E2%80%99

Prefeitáveis debatem em São Gonçalo - Dayse Oliveira: Defendendo uma cidade para os Trabalhadores!



Os sete candidatos a prefeito de São Gonçalo voltaram a se encontrar ontem para debate realizado pela 1ª Igreja Batista de São Gonçalo, no Centro da cidade. Mediado pelo pastor Antônio Carlos da Costa, os prefeitáveis apresentaram suas propostas para diversas áreas, como saúde, educação, transporte, cultura, entre outras.

Primeiro candidato a usar a palavra no debate, Mauro Sérgio (PHS) afirmou que pretende modernizar e interligar toda a rede de saúde pública criando o prontuário online.

“Temos pacientes crônicos que são restritos de alguma medicação, e o prontuário hoje não consegue indicar. Vou interligar a rede, criando o prontuário virtual para cada posto ter acesso às informações médicas de cada paciente, com marcação de consulta por telefone, acabando com as filas”, afirmou.

Já a candidata do PMDB, Graça Matos, afirmou que em seu governo vai humanizar o atendimento do cidadão.

“Vamos priorizar a atenção básica, fazendo os postos de sáude e os PSFs funcionarem de verdade, fazendo o primeiro atendimento. Não vamos ficar fazendo apenas política de construir sem ter médicos”, disse.

Josemar Carvalho (PSOL) criticou a aplicação dos recursos da saúde na cidade. “São Gonçalo repassa apenas R$0,57 para a saúde por cidadão, mostrando que não é prioridade do governo. É necessário ter equipamentos e profissionais valorizados com remédios para o cidadão”, disse.
Na área da educação, Dayse Oliveira (PSTU) afirmou que, se eleita em outubro, vai atender a reivindicação da categoria.

“Sou professora e vou atender a reivindicação histórica de cinco salários mínimos para o professores e 3,5 salários para os funcionários de apoio”, garantiu.

Adolfo Konder (PDT) lembrou das ações do governo na pasta e afirmou que vai priorizar o ensino integral na cidade.

“Temos um quadro de 48 mil alunos na rede pública com uma renda per capita muito baixa. Conseguimos construir escolas mesmo com dificuldades e no meu governo vamos priorizar escolas em tempo integral”, declarou.

Neilton Mulim (PR), que foi professor da rede pública, afirmou que o profissional precisa de valorização. “O salário do profissional não permite que ele possa se reciclar. Quero valorizar o profissional e fazer da escola um local de lazer para as famílias aos fins de semana com atividades para crianças”, disse.

Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADtica/2012/9/14/44545/prefeit%C3%A1veis+debatem+em+s%C3%A3o+gon%C3%A7alo+
VENHA PARTICIPAR!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

DEU NA IMPRENSA

Debate OAB-São Gonçalo: Prefeitáveis preferiram expor planos e evitar confrontos

Os sete candidatos a prefeito de São Gonçalo – Adolpho Konder (PDT), Alice Tamborindeguy (PP), Dayse Oliveira (PSTU), Graça Matos (PMDB), Josemar Carvalho (P-Sol), Mauro Sérgio Barros (PHS) e Neilton Mulim (PR) apresentaram propostas em debate realizado ontem à noite no auditório da OAB local. O salão teve platéia de mais de 100 pessoas e o evento foi assistido ainda através de um telão instalado na entrada do prédio por dezenas de militantes dos prefeitáveis.
O debate foi dividido em quatro blocos, em que os candidatos responderam a perguntas escritas por representantes da OAB, de movimentos sociais, imprensa e enviadas por e-mail e no final debateram entre si.
Josemar prometeu implantar o orçamento participativo e criar conselhos populares para decidir execução de políticas públicas; implantar o Bilhete Único Municipal e baratear o preço das passagens de ônibus e apoiar taxistas e mototaxistas.”Temos que governar com participação popular”, defendeu o psolista.
Neilton prometeu priorizar a educação básica e fazer um governo mais humano. Também anunciou que regulamentaria o transporte alternativo. “Muitas pessoas andam muito para pegar o ônibus. O transporte alternativo vai até o ônibus não passa”, explicou.
Dayse defendeu uma gestão para os trabalhadores. Prometeu melhorar os salários e condições de trabalho dos servidores públicos e informatizar toda a Prefeitura. Mauro Sérgio disse que se eleito diminuiria as filas nos postos de saúde implantando marcação de consultas por telefone. Também prometeu melhorar os salários do funcionalismo.
Alice disse que São Gonçalo deve acompanhar o Rio em tudo e que a cidade também precisa de UPPs. Prometeu aumentar o efetivo da Guarda Municipal.
Graça prometeu gestão transparente e priorizar a saúde pública. Outra proposta foi fazer novo Plano Diretor.
Adolpho defendeu as realizações do Governo Aparecida Panisset e prometeu fortalecer parcerias om os governos estadual e federal para mais investimentos no município.
Mesmo com críticas de alguns candidatos aos concorrentes, o debate transcorreu em ordem e não houve manifestações contrárias a nenhum deles.


Texto e foto: Anderson carvalo
Fonte: Site do A tribuna

Governo Dilma quer desengavetar lei antigreve no setor público

Justo quando a maior greve do funcionalismo público federal dos últimos dez anos chega a seus momentos decisivos, o governo sinaliza sua intenção de desencavar o projeto de lei para "disciplinar" as paralisações no setor. De acordo com o jornal Valor Econômico, a presidente Dilma estaria disposta a retomar a lei que Lula tentou aprovar em sua gestão, que impõe uma série de regras e restrições para a deflagração de greves no setor público.

Seria o desfecho de uma série de medidas truculentas tomadas pelo governo Dilma desde o início da greve, iniciada pelos docentes das universidades federais em 17 de maio. Ações que incluíram o corte dos salários e um decreto que permite convênios com estados e municípios para a substituição dos funcionários parados.

No entanto, no que deve ter sido uma grande frustração para o governo Federal, tais medidas não surtiram efeito, só aumentando a radicalização e indignação da categoria, fazendo o movimento até crescer após terem sido implementadas. Nos dois últimos meses, os servidores federais impuseram uma forte e radicalizada greve, que fez o governo recuar de sua intransigência inicial em não conceder qualquer reajuste. Dilma, embora ainda goze de alta popularidade, sai desgastada entre amplos setores do funcionalismo e parte da população.

Proibição da greve
A lei que o então governo Lula tentou aprovar em 2007 e que Dilma quer agora desengavetar estabelece uma série de pré-requisitos para a deflagração de greve, que praticamente torna proibida a paralisação no setor público.

Entre eles está a obrigatoriedade da aprovação de greve por pelo menos dois terços de todos os trabalhadores de determinada categoria, além da proibição da paralisação nos chamados "serviços essenciais" (como se todo o serviço público não o fosse). Nessa lista estão incluídos a distribuição de energia elétrica e gás, abastecimento de água, telecomunicações, inspeções agropecuárias, arrecadação, controle de fronteiras e a inspeção de indústrias e comércio, onde o limite de servidores parados não poderá ultrapassar os 20%.

Para fazer greve, os servidores deverão ainda, por essa lei, manter funcionando pelo menos 50% de todo o efetivo. Além disso, ficaria estabelecido desde já o corte no ponto, além da substituição dos grevistas. Ou seja, além de improvável, uma greve não teria qualquer impacto.

Preparação para a crise
O que o governo e grande parte da imprensa que demoniza o funcionalismo público não lembram é que não existe negociação coletiva ou data-base no setor público. Assim, os servidores em geral não deflagram greve quando alguma negociação chega a um impasse, como ocorre no setor privado, mas são obrigados a cruzarem os braços para que o governo abra negociação, como ocorreu com a atual greve. Ou seja, tenta-se penalizar os trabalhadores por lutarem contra o arrocho, mas não o governo que se negam sistematicamente a negociarem sem que haja pressão.

A lei que o governo Dilma planeja retomar seria um duro retrocesso à Constituição de 1988, que estabeleceu o direito de greve no funcionalismo, além de um ataque antidemocrático a um dos setores mais combativos contra o desmonte do Estado que ocorre desde o governo Collor.

Mais que uma mera vingança de Dilma contra os servidores públicos que ousaram desafiar o governo em 2012, a lei antigreve prepara o setor público para o acirramento da crise econômica internacional, minando qualquer resistência para futuros planos de arrocho, cortes fiscais e desmantelamento dos serviços públicos.